Data da publicação: quarta-feira, 7 de outubro de 2015
Postado por Aqipossa Informativo
Rebaixamento 2013 - A barbárie de Joinville foi premeditada e um ganha tempo para a FlaPress?
O relógio pode até parar, mas o tempo, não.
Como já mostramos e comprovamos aqui, a FlaPress ficou sabendo que o Flamengo havia errado escalando André Santos na última partida do campeonato brasileiro de 2013, Esse erro custaria 3 pontos ao Flamengo, mais o ponto que conquistasse na partida contra o Cruzeiro, que acabou empatada.
Já é conhecido de todos que, sabendo disso, a Imprensa não noticiou a bomba, não porque não quis, mas porque precisava ganhar tempo para resolver esse pepino que poderia rebaixar o Flamengo para a segunda divisão. Não importava se naquele momento não sabiam como fazer isso, mas a solução teria que ser encontrada e a melhor maneira de não demonstrar que estavam armando uma manipulação, uma fuga do rebaixamento para o Flamengo, era não falar sobre o erro.
Mas a solução surgiu. O escândalo deveria ser abafado. Um culpado deveria ser indicado. Passo a passo, a FlaPress ia resolvendo seus problemas. Mas havia um que ela não podia resolver. Isso mesmo. Não estava mais nas mãos da máfia do Futebol, salvar o Flamengo. Ele podia cair, querendo ela, ou não. E era justamente outras equipes cariocas que determinariam sua permanência ou não, na primeira Divisão.
Entendamos que no Domingo, se já não na noite de Sábado, a solução já havia sido encontrada. Ao rever o julgamento de André Santos, os advogados do Flamengo pretendiam encontrar uma brecha que pudessem argumentar que André podia, sim, jogar a última partida do campeonato. Ou no minimo, empurrar a punição para uma multa e não a perda de pontos. Mas se depararam com outra solução, mais complicada, mas também, bem razoável e mais segura. É que na mesma sessão que julgou André Santos, foram também julgados dois jogadores da Portuguesa: Héverton e Gilberto. (Saiba porque Gilberto AQUI)
O esquema para salvar o Flamengo já tinha forma. A Portuguesa estava abaixo do Flamengo na tabela. O Flamengo perderia seus 4 pontos e entraria na zona de risco, podendo ser ultrapassado por até dois times e ser rebaixado. Mas se a Portuguesa também fosse punida com 3 pontos, mais os que conquistasse na última partida, também ficaria na zona de risco, podendo ser ultrapassada pelo mesmos dois times. A diferença é que se apenas um desses dois times, vencesse seu jogo, esse time, ao ultrapassar a Portuguesa e o Flamengo, manteria apenas a Lusa na Zona do Rebaixamento, pois ela sempre se manteria atrás do Flamengo na tabela, pois como dissemos, ela perderia os mesmos pontos que o Flamengo no STJD. (3 pontos)
Prender a Portuguesa ao Flamengo foi fácil. Gilberto era o plano A, Héverton o plano B. Mas um dos dois haveria de aceitar jogar irregularmente. Se cumpriram ordens, ou se levaram algum dinheiro ou vantagem por isso, não se saberá. De fato, apenas Héverton, pois Gilberto se recusou a jogar irregularmente.
Mas como fazer para garantir a derrota de Vasco e Fluminense, ou de pelo menos um deles? É possível haver dinheiro ou vantagem suficiente para “pedir” ao Vasco que se rebaixe no lugar do arqui inimigo Flamengo? É seguro dizer que o Fluminense aceitaria da mesma forma ser rebaixado no lugar de seu maior rival, o Flamengo? Não havia como.
O jeito para garantir as derrotas de Vasco e/ou Fluminense na última rodada seria arriscado, totalmente sem garantia. Seria preciso oferecer algo vantajoso ao Bahia e ao Atlético Paranaense para fazerem o que já deveriam fazer, ou seja, vencerem suas partidas, respectivamente, contra Fluminense e Vasco da Gama. Mas como? Entregar o jogo é fácil. Perder propositalmente é fácil. Mas vencer? As vezes a bola simplesmente não entra. As vezes o azar toma conta de um time. Não havia garantia alguma de que o Bahia venceria o Fluminense e nem que o Furacão venceria o Vasco. Não estava na mão dos corruptos esse desfecho. O Flamengo poderia ser rebaixado caso ambos os cariocas vencessem na última rodada, pois a Portuguesa cairia junto. A classificação final, após as punições e com as vitórias de Fluminense e Vasco, ficaria assim: (Em vermelho, os rebaixados)
14º Vasco 47 pontos
15º Criciúma 46 pontos
16º Fluminense 46 pontos
17º Flamengo 45 pontos
18º Portuguesa 44 pontos
19º Ponte Preta 37 pontos
20º Náutico 20 pontos
Mas a solução Héverton ou Gilberto era falha, embora Héverton tenha aceitado jogar irregularmente. Era falha porque ficaria muito evidente o mesmo erro, na mesma rodada, de jogadores julgados no mesmo dia, que um time salvaria o outro e que a Imprensa escondeu a informação mesmo sabendo de tudo. O jeito era ganhar mais tempo com algo mais sério e importante. Não vamos esquecer que até então, ninguém sabia da possibilidade do Flamengo ser rebaixado, pois a Imprensa não comunicou esse “furo do século” e criar algo sério e importante na 38ª rodada de 2013 seria algo fácil.
O que poderia ser?
O jogo entre Vasco e Atlético Paranaense era um estopim prestes a detonar uma bomba. O jogo não seria realizado no Paraná, mas sim, em Santa Catarina, mais precisamente em Joinville. O jogo foi realizado sem segurança prévia, uma condição adequada e necessária para que ocorresse o que ocorreu.
Independente do jogo ter continuado, ou não, a situação era favorável aos que salvavam o Flamengo do rebaixamento em segredo. O assunto seria abordado até que surgisse a informação da irregularidade do Flamengo e da Portuguesa, informado pela mídia de maneira inversa, para parecer que o Fluminense, até então considerado rebaixado, tivesse agora, uma chance de não ser rebaixado, bastando para isso, que o STJD punisse a Lusa. Quando informaram que o Flamengo cometeu o mesmo erro, o Brasil já tinha em mente que o Fluminense poderia ser salvo e não importava se o Flamengo seria punido ou não, já que a Lusa bastava para salvar o Tricolor. (Entenda isso AQUI) Era o culpado que a FlaPress ia indicar.
Analisando as situações do jogo Atlético-PR e Vasco em Joinville
O jogo foi paralisado por volta dos 17 minutos do primeiro tempo com o placar de 1x0 para o time paranaense. Havia duas situações possíveis para o desfecho da partida: Continuar ou interromper.
Ao continuar o jogo, mais duas situações possíveis eram esperadas: O Vasco vencer ou o Vasco não vencer. (empate ou derrota rebaixariam o Vasco da Gama mesmo com a punição de Flamengo e Portuguesa)
1 - O Vasco vence. Situação tensa para a FlaPress dentro de mais alguns dias.
Com a paralisação do jogo, ao final da partida continuada, já seria conhecido o resultado de Bahia e Fluminense, vitória por 2x1 do tricolor. A FlaPress sabia que ambos estariam salvos do rebaixamento quando, passados alguns dias, o julgamento retirasse os pontos de Flamengo e Portuguesa. Mas até o momento final da partida em Joinville, o Vasco estaria se livrando da Série B enquanto o Fluminense estaria sumariamente rebaixado, pois as irregularidades estavam abafadas pela mídia. Veja como estava a tabela de classificação sem o conhecimento de que Flamengo e Portuguesa seriam punidos e se o Vasco tivesse vencido o Furacão: (Em vermelho, os rebaixados)
14º Flamengo 49 pontos
15º Portuguesa 48 pontos
16º Vasco 47 pontos
17º Criciúma 46 pontos
18º Fluminense 46 pontos
19º Ponte Preta 37 pontos
20º Náutico 20 pontos
Mas ao anunciarem a bomba das irregularidades, a classificação voltaria a ser essa caso fossem punidos Flamengo e Portuguesa:
14º Vasco 47 pontos
15º Criciúma 46 pontos
16º Fluminense 46 pontos
17º Flamengo 45 pontos
18º Portuguesa 44 pontos
19º Ponte Preta 37 pontos
20º Náutico 20 pontos
A salvação do Flamengo seria colocar a culpa no jogo de Joinville. Deveria ser anulado. A continuação da partida seria cancelada. Como? Alegariam que não poderia ter continuado e isso era claro e justificável. Como fazer para o Brasil aceitar isso? Vasco e Fluminense estariam burlando regras para se manterem na primeira divisão. O Fluminense envolvido seria a deixa para a aprovação pública do cancelamento do jogo do Vasco e/ou das punições de Lusa e Flamengo. O Tricolor estaria fugindo da Série B por causa da “injustiça” à Flamengo e Portuguesa e o Vasco estaria fugindo do rebaixamento por manobra irregular em Joinville. A culpa não seria do Flamengo quando a CBF ou STJD revertessem o quadro de Joinville para salvar o Flamengo. Reverter as punições de Lusa e Flamengo não foi possível, como todos veriam dias depois, mas os fins justificariam os meios ao anular Atlético-PR e Vasco.
Dias depois, já anunciadas as irregularidades, todos veriam que entre tantas confusões, uma delas estava servindo de “tapetão” para salvar o Fluminense e outra para salvar o Vasco. Nenhuma no entanto, salvando o Flamengo seria vista, com a Imprensa desviando o foco, escondendo o que tinha que esconder e mostrando o que seria melhor pra ela. De qualquer forma, o STJD puniria Flamengo e Portuguesa, mas anularia o jogo do Vasco. Restava então, um resultado à ser atribuído ao jogo.
É importante dizer que foi tudo muito rápido. Do meio do segundo tempo do jogo do Flamengo, quando perceberam que André Santos seria um problema grave, até o fim do Domingo, muito pouco tempo se passou. Pouco mais de 24 horas é muito pouco para se certificarem que o plano era perfeito. Não era. Ainda assim, atribuir um empate para Atlético-PR e Vasco já resolvia o caso para o Flamengo e seria muito bem aceito, mesmo sendo também irregular. Uma nova partida poderia ser jogada e tempo suficiente teria passado para definitivamente armar o resultado com a arbitragem para impedir a vitória vascaína. O jogo poderia ter sido continuado em outra data começando do momento em que o jogo havia sido interrompido, novamente tendo tempo de sobra. Tudo seria visto como o Vasco fugindo e não o Flamengo.
As classificações com o Vasco não vencendo, seriam essas, mesmo com a punição de Flamengo e Portuguesa:
Vasco empata:
14º Criciúma 46 pontos
15º Fluminense 46 pontos
16º Flamengo 45 pontos
17º Vasco 45 pontos
18º Portuguesa 44 pontos
19º Ponte Preta 37 pontos
20º Náutico 20 pontos
Vasco perde:
14º Criciúma 46 pontos
15º Fluminense 46 pontos
16º Flamengo 45 pontos
17º Portuguesa 44 pontos
18º Vasco 44 pontos
19º Ponte Preta 37 pontos
20º Náutico 20 pontos
À essa altura, dos males o menor para a FlaPress: Salva-se o Fluminense, mas não se rebaixa o rubro negro. O Vasco teria seu segundo rebaixamento.
Não podemos descartar o fato de que nesse momento, o Vasco, salvo pelo erro de Flamengo e Portuguesa, lutaria, aí sim, com toda razão, para evitar o cancelamento da partida. Brigas judiciais seriam intensas. É importante lembrar também, que não seria de forma alguma uma surpresa se para 2014, um ano de Copa do Mundo, tivéssemos como solução um campeonato não organizado pela CBF, como foi em 2000. Nessa hipótese, ninguém seria rebaixado, o campeonato seria com 24 clubes, em moldes que não precisariam seguir o atual dos pontos corridos. Tudo, no fim, saindo melhor do que o esperado pela Globo, que queria e ainda quer a volta do mata-mata, por exemplo.
Em 2015, a tal Nova Liga teria definitivamente sido criada. Flamengo rebaixado? Negativo. O Fluminense dever mais uma série B? Que maravilha para a Globo/FlaPress. Tudo para não manchar a imagem do país sede da Copa do Mundo de 2014.
2 - Vasco não vence. Nenhuma necessidade de fazer nada. Flamengo salvo mesmo perdendo os pontos do André Santos. Fluminense salvo novamente porque a Imprensa noticiou em ordem cronológica inversa para que assim fosse visto. O Vasco rebaixado sem reclamar de nada, pois não poderia pedir a anulação do jogo, já que aceitou jogar, e se pedisse, como de fato pediu, mas sendo negada pelo STJD, todas as argumentações listadas para a condição “Vasco vence” seriam utilizadas e mediante a manipulação das informações, não ligaram o fato de que impedindo uma nova partida, estariam salvando o Flamengo.
A outra situação é interromper o jogo de Joinville. Tanto as situações descritas acima para “Vasco vence” ou “Vasco não vence”, na condição do jogo ter continuado, se aplicariam novamente.
Definitivamente, o que ocorreu em Joinville foi uma ajuda e tanto para todos os envolvidos na farsa do rebaixamento da Portuguesa. As informações sobre o caso eram constantes nas páginas principais dos sites da FlaPress, nas páginas de seus jornais e TVs. Um verdadeiro bombardeiro de informações justificando a mídia não falar sobre André Santos. O caso de Joinville encobria o que ficaria evidente. Ninguém se deu conta de que a Imprensa sabia o que estava por acontecer. Foi primordial para a manutenção do silêncio o que aconteceu no jogo entre Furacão e Vasco.
O que era visto como barbárie, sem motivo e sem explicação, agora se encaixa perfeitamente na trama que salvou o Flamengo do rebaixamento de 2013.
